SOCIEDADE

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HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA (HGF)

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O Hospital Geral de Fortaleza é o maior hospital público do Ceará, prestando atendimento tanto a pacientes de Fortaleza, como de outras regiões vizinhas. Além disso, ele ainda é o maior centro de treinamento para os estudantes de medicina, com 24 áreas de especializações. O HGF também é o único hospital público a fazer exames de Ressonância Magnética e Eletroneuromiografias. 

Atualmente, o HGF é o único hospital do Ceará a ter o Banco de Olhos do Estado, onde faz a captação, preservação e distribuição de córneas para os centros de transplantes do Ceará. Faz, além de transplantes de córneas, de fígado, pâncreas e rim.Inaugurado em 23 de maio de 1969, o Hospital Geral de Fortaleza é referência em diversos ramos da medicina, inclusive em cirurgias gerais e neurológicas. Por causa de sua grande estrutura e complexidade, atende pacientes da cidade e também de estados vizinhos. O hospital possui área de emergência e também outros serviços, como fisioterapia, obstetrícia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, nutrição, etc.

2O Centro de Transplantes Renais atingiu, em 2009, a marca de mil transplantes, tornando-se assim, referência no Norte e Nordeste do Brasil. Em 2008, foi inaugurada no Hospital a Unidade de AVC – hoje, a maior do país, com uma estrutura moderna e com uma equipe de plantão 24 horas, contando com vinte leitos e capacidade para atender 150 pacientes por mês – na tentativa de diminuir os números da maior causa de morte do Brasil.

Para os estudantes de medicina de Fortaleza, o estabelecimento oferece o maior centro de treinamento do país, certificado pelo Ministério da Saúde e da Educação, onde os jovens formandos podem se especializar em 24 áreas.

Atualmente, o Hospital realiza 1150 cirurgias, 16.000 consultas e 100 mil exames laboratoriais durante o período de um mês. Se tratando de exames especializados, o HGF é o único contro hospitalar público a oferecer exames de Ressonância Magnética e Eletroneuromiografias.

Nos dias atuais, o Hospital Geral possui 527 leitos, dos quais 118 são de UTI’S. Apesar de todos esses benefícios e diferenciais, o problema de filas e pacientes internados nos corredores dos hospitais não é diferente no HGF.

O conhecido “piscinão” é uma área do Hospital onde, por falta de leitos e lugares vagos, os pacientes são internados e recebem atendimento médico, porém sem o mínimo de cuidado exigido. São mais de 100 pacientes em macas que ás vezes não tem colchão, ou roupa de cama adequada. Eles ficam nessa área até que um leito seja desocupado e eles possam receber um atendimento, pelo menos, adequado.

Segundo o médico José Maria Arruda Pontespresidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará, “O piscinão é o resultado de várias coisas: da parte de financiamento da Saúde, da atenção básica e atenção secundária que não funcionam, da falta de profissionais. Todos os hospitais de emergência tem piscinões. Para resolver o problema da demanda, tem que ver os problemas da saúde pública. É complexo.”.  O médico relata ainda um episódio em que foi obrigado a reanimar um paciente no chão mesmo.

Outro relato é da médica Ana Mary Cavalcante:Aquilo é uma loucura. A pessoa tem que se sobrecarregar muito com a vontade de salvar os pacientes. Está em suas mãos uma vida e muitas vezes não tem aquilo (estrutura) que você quer.”

3O desabafo do acompanhante de um paciente internado no piscinão, Raimundo Nonato Batista, A gente quer saber quando é que o Governo vai fazer com que isso aqui melhore, porque tá horrível o descaso. Um hospital aqui, tão grande, tão bonito e sem um atendimento que preste.” se refere ao HGF.

O novo secretário da Saúde, Ciro Gomes, diz que pretende acabar com o ‘piscinão’ em 90 dias. “Vou acabar com o piscinão do HGF em 90 dias porque tenho costas largas. Vou aguentar Ministério Público, liminar, o que vier.”.

O Secretário de Saúde do Estado do Ceará diz que a resolução da área improvisada do HGF virá com a recomposição da estrutura da atenção básica e ambulatorial na rede pública de saúde e com uma central regulamentação de leitos.

Ciro Gomes criticou ainda que “o sistema de saúde colapsou porque, há 10 anos, em Fortaleza, não se realiza o que tinha que se realizar. 80% das demandas ambulatoriais devem ser resolvidas nos postos de saúde.”.

Na manhã de 1° de novembro, a última informação divulgada pela direção do hospital é que continham ainda, no piscinão, 29 pacientes. A esperança é que até dezembro o piscinão esteja acabado.

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Vanessa Meier – Redazione

Sistema Italia Fortaleza